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Primeiro Samu Indígena do país começa a funcionar em Dourados e reduz tempo de atendimento

A instalação garante maior agilidade nos atendimentos e aumenta as chances de salvar vidas

Foto: Victor Arguelo
Foto: Victor Arguelo

Dourados inaugurou, no dia 9 de agosto, o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Indígena do Brasil. A data, escolhida de forma simbólica, marca o Dia Internacional dos Povos Indígenas. 


A nova base está localizada anexa ao Hospital Indígena Porta da Esperança, na Aldeia Jaguapiru, e passa a atender diretamente a maior aldeia indígena urbana do país, formada pelas aldeias Jaguapiru e Bororó, que somam cerca de 13,5 mil habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A comunidade reúne indígenas das etnias Guarani, Terena e Kaiowá.


Antes da implantação da base, o Samu mais próximo ficava na Rua Hayel Bon Faker, no centro da cidade, e o tempo médio para chegar às aldeias era de cerca de 20 minutos. Com a nova estrutura instalada ao lado das comunidades, esse tempo caiu para aproximadamente 7 minutos, garantindo maior agilidade nos atendimentos e aumentando as chances de salvar vidas.


O projeto foi idealizado pelo governo federal, por meio da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), ambas ligadas ao Ministério da Saúde, com acompanhamento do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (Dsei-MS).


A experiência será um projeto-piloto no país, servindo como referência para a implantação de serviços semelhantes em outras reservas indígenas. “Já tem cinco Estados interessados, inclusive algumas cidades do Mato Grosso do Sul. Estamos trabalhando para levar o modelo para Miranda e outras comunidades indígenas que precisam do mesmo tipo de atendimento oferecido à população indígena de Dourados”, afirmou em coletiva, o deputado federal Geraldo Resende.


O Samu Indígena de Dourados funciona 24 horas por dia e conta com 14 profissionais sendo cinco técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e quatro condutores-socorristas. Metade da equipe é formada por indígenas fluentes em português e guarani, o que facilita a comunicação e assegura um atendimento culturalmente adequado. “Estamos escrevendo um capítulo inédito na saúde pública brasileira. Com emoção e orgulho, inauguramos o primeiro Samu Indígena do Brasil, no coração de Dourados. Este não é apenas um ato administrativo: é o reconhecimento de que cada vida importa e de que as políticas públicas devem alcançar a todos, sem barreiras de distância, idioma ou cultura”, declarou o governador em exercício, José Carlos Barbosa.


Durante a solenidade, o governador em exercício também anunciou o início da construção de duas novas Unidades Básicas de Saúde: uma na aldeia Jaguapiru e outra na Bororó. O investimento total será de R$4,6 milhões.


Somente no primeiro fim de semana de funcionamento, o Samu Indígena já realizou seis atendimentos, três por dia, mantendo a média de ocorrências registrada antes da implantação da base, mas agora com a vantagem da resposta muito mais rápida.


Por: Elisa Lorini DRT 2228/MS



 
 
 

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