Dourados recebe espetáculo e oficina que celebram as danças paraguaias

Além do espetáculo, a cidade terá uma oficina gratuita com 40 vagas para os apaixonados pela dança Paraguaia

Foto: Érico Bispo

Nos dias 30 e 31 de outubro, Dourados recebe o espetáculo “Um Quê de Paraguaia”, solo de dança da artista Ana Vieira, que será apresentado no Casulo – Espaço de Cultura e Arte, às 20h, com entrada gratuita. Antes da apresentação, Ana também ministra uma oficina gratuita de Danças Paraguaias no dia 25 de outubro, das 14h às 18h, na Fadir/UFGD, com 40 vagas disponíveis.

Brasil e Paraguai compartilham muito mais do que uma fronteira. A história dos dois países se entrelaça desde o período colonial e, ao longo dos anos, essa convivência transformou as regiões fronteiriças em espaços de rica troca cultural. Em Dourados, a presença paraguaia é visível nos costumes, na linguagem e até na geografia urbana, um exemplo é a Praça Paraguaia, que simboliza essa mistura de identidades.

O projeto busca valorizar e difundir a cultura regional sul-mato-grossense, destacando as trocas culturais com o Paraguai. Graduada em Artes Cênicas e Dança e pós-graduada em Arte-Educação e Cultura Regional, Ana idealiza o trabalho como uma forma de evidenciar a força das tradições que atravessam fronteiras.

CULTURA

A culinária é uma das influências mais fortes dessa relação. A chipa, a sopa paraguaia e o tereré fazem parte do cotidiano douradense e representam o quanto as fronteiras culturais são, na prática, invisíveis.

No palco, essa integração se traduz em ritmo e movimento. “Um Quê de Paraguaia” é um espetáculo solo que valoriza as danças paraguaias e conta com a direção de Ana Vieira e Érico Bispo, além da produção de Joice Leite. Tanto a apresentação quanto a oficina serão acessíveis em Libras. A trilha sonora é composta por polcas, guarânias e outros ritmos fronteiriços tocados nas festas e encontros culturais da região.

“O projeto busca a valorização e difusão da cultura regional sul-mato-grossense, na qual é impossível não mencionar as trocas culturais fronteiriças que temos com o Paraguai”, explica Ana.

OFICINA

A oficina pretende oferecer uma vivência em dança para a população douradense. “O intuito é fazer com que os participantes conheçam as danças que fazem parte da nossa cultura local, que precisam ser conhecidas de uma forma mais profunda e detalhada para contribuir com o sentimento de orgulho, pertencimento e afirmação da nossa identidade cultural”, reforça a artista.

Charles Aparecido DRT 2080/MS