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Mais de 40 cidades brasileiras aplicam tarifa zero no transporte coletivo; veja lista



Por Rafaela Mansur, g1 Minas — Belo Horizonte


ado é da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em Ibirité, na Grande BH, a Câmara Municipal aprovou a lei que prevê a gratuidade nesta segunda-feira (12).


Mais de 40 municípios brasileiros já implantaram projetos de tarifa zero no transporte para garantir a gratuidade dos serviços de ônibus para os usuários, segundo levantamento atualizado neste mês pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Ibirité, na Grande Belo Horizonte, deve ser a próxima – a Câmara Municipal aprovou a lei que prevê o passe livre nesta segunda-feira (12).


De acordo com os dados da NTU, em pelo menos 43 cidades a gratuidade é válida para todo o sistema municipal. Geralmente, quem arca com os gastos são as prefeituras. "Temos algumas cidades de porte médio, mas, de maneira geral, são cidades pequenas (que aplicam a tarifa zero), onde o sistema de transporte não representa um custo bastante significativo.


Outra característica é que muitos desses municípios têm receitas advindas de algum tipo de atividade econômica realizado em seu território, o que abre espaço no orçamento para a cobertura desses custos", afirmou o diretor de gestão da NTU, Marcos Bicalho dos Santos. Em Minas Gerais, mais de 10 cidades - o que corresponde a 27% do total - já implantaram a tarifa zero, segundo a NTU. Entre elas, estão Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que começou a arcar com os custos do sistema municipal de ônibus em julho de 2021.

O município gasta em torno de R$ 215 mil por mês com o transporte. A frota tem oito veículos que atendem 12 linhas em todos os bairros e distritos. "Antes da pandemia, circulavam mensalmente 50 mil pessoas nos ônibus da cidade, pagando uma tarifa de R$ 4.

Hoje, mais de 90 mil pessoas utilizam o transporte todos os meses, de forma gratuita. Tal medida beneficiou toda a economia da cidade, uma vez que grande parte dos usuários é frequente nos ônibus e pode utilizar o dinheiro economizado no comércio e em outros serviços", afirmou a Prefeitura de Caeté por meio de nota. Em Mariana, na Região Central de Minas, a gratuidade entrou em vigor em fevereiro deste ano. Em Ouro Branco, na mesma região, que consta na lista da NTU, o passe livre no transporte deve começar a valer neste mês. Subsídio Segundo estudo da NTU, nas grandes cidades, arcar com o serviço de transporte público para torná-lo gratuito para a população custaria cerca de 10% do orçamento. Por isso, a tendência é que os municípios passem a bancar pelo menos parte dos custos, por meio de subsídios. De acordo com Marcos Bicalho dos Santos, antes da pandemia, apenas três a quatro cidades do Brasil ofereciam algum tipo de subsídio, como São Paulo.

Hoje, são aproximadamente 260. Belo Horizonte começou a pagar subsídio para as empresas de ônibus em julho deste ano. No total, R$ 237,5 milhões serão repassados às concessionárias até março de 2023. Neste período, o valor da tarifa cobrada ao usuário, de R$ 4,50, não poderá ser reajustado.

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"Com a pandemia, a demanda diminuiu e houve a necessidade de manter a oferta forte, e esses sistemas de transporte desequilibraram, porque a grande maioria deles se banca com receita advinda das passagens (...) Quando se institui a subvenção pública, dá para oferecer serviço de melhor qualidade e praticar tarifa púbica que grande parte da população consiga pagar", afirmou o diretor da NTU.

Veja a lista de cidades com projeto de tarifa zero, segundo levantamento da NTU:

  • Aquiraz (CE)

  • Caucaia (CE)

  • Eusébio (CE)

  • Maracanaú (CE)

  • São Luís (MA)

  • Anicuns (GO)

  • Aruanã (GO)

  • Formosa (GO)

  • Abaeté (MG)

  • Agudos (SP)

  • Artur Nogueira (SP)

  • Caeté (MG)

  • Campo Belo (MG)

  • Cerquilho (SP)

  • Cláudio (MG)

  • Holambra (SP)

  • Itapeva (SP)

  • Itararé (SP)

  • Itatiaiuçu (MG)

  • Lagoa da Prata (MG)

  • Macatuba (SP)

  • Mariana (MG)

  • Maricá (RJ)

  • Monte Carmelo (MG)

  • Muzambinho (MG)

  • Ouro Branco (MG)

  • Paulínia (SP)

  • Pirapora do Bom Jesus (SP)

  • Porto Real (RJ)

  • Potirendaba (SP)

  • Presidente Bernardes (SP)

  • Ribeirão Pires (SP)

  • São Joaquim de Bicas (MG)

  • São Lourenço (MG)

  • São Lourenço da Serra (SP)

  • Silva Jardim (RJ)

  • Tambaú (SP)

  • Vargem Grande Paulista (SP)

  • Volta Redonda (RJ)

  • Ibaiti (PR)

  • Ivaiporã (PR)

  • Matinhos (PR)

  • Paranaguá (PR)

  • Parobé (RS)

  • Pedro Osório (RS)

  • Pitanga (PR)

  • Quatro Barras (PR)

  • Wenceslau Braz (PR)


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