Dourados em destaque: o talento feminino que chega ao Brasil
- Notícias de Dourados

- 18 de jun.
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Três mulheres levam a arte e a cultura de Dourados para o cenário nacional, com talento, resistência e representatividade.

Dourados está em evidência no cenário artístico e cultural brasileiro, graças ao talento e à dedicação de três mulheres inspiradoras. Gi Brandão, Joyce Serrado e Anarandà, cada uma em sua área de atuação, não apenas trilham seus próprios caminhos, mas também levam um pedacinho da cidade para eventos estaduais e nacionais, mostrando a riqueza da produção douradense.
GRAFISMO QUE CONECTA E CELEBRA MULHERES

A arte vibrante de Gislene Brandão é um marco em Dourados, com seus grafites em muros da cidade. A talentosa grafiteira douradense rompeu fronteiras e representou Mato Grosso do Sul no BEIRA: Festival de Arte Urbana do Vale do São Francisco. Ela foi a única artista do estado selecionada para o evento, que reuniu 48 talentos de todo o Brasil, escolhidos entre mais de 200 inscritos.
Para Gi Brandão, a participação em festivais como o BEIRA é fundamental para a troca de experiências e o reconhecimento do trabalho. “Eu busco sempre pintar mulheres, contando suas histórias, a força de cada uma, representando suas lutas e a persistência delas em busca de direitos e representatividade”, afirma a artista, que em sua obra no festival homenageou Maria Bonita, reforçando a importância da visibilidade e do sentimento de pertencimento para os artistas.
ARTESANATO QUE TRANSCENDE E ENCANTA

A delicadeza e originalidade do artesanato douradense ganharam destaque na 18ª edição do Festival América do Sul, em Corumbá, por meio do trabalho de Joyce Serrado. A artesã, que transforma flores e folhas em acessórios únicos, foi a única representante de Dourados no evento, convidada pelo programa MS Mais Criativo. O festival, que ocorreu entre os dias 15 e 18 de maio, contou com mais de 50 expositores nacionais e internacionais.
“Eu fiquei encantada com a dimensão do evento, que tinha vários palcos, atrações simultâneas, oficinas, shows”, relata Joyce, que expressa o orgulho de levar o artesanato douradense para um público tão diverso. “Para mim foi uma honra estar lá e mostrar que o artesanato de Dourados tem força e vai chegar muito longe, tem artesãos muito qualificados”, a participação dela demonstra a qualidade e o potencial do artesanato local.
LITERATURA E MÚSICA EM RITMO DE RESISTÊNCIA

No cenário musical e literário, a rapper indígena Anarandà, da etnia Guarani Kaiowá, está levando a cultura douradense para diversos cantos do país. Desde o dia 23 de abril, Anarandà faz parte do projeto Arte da Palavra do Sesc, percorrendo oito estados brasileiros com suas apresentações. A jornada começou em Minas Gerais, seguiu por Pernambuco e Rio de Janeiro, e até novembro passará por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Bahia.
“Me sinto muito feliz de representar Dourados nesse circuito, levando e fortalecendo a minha língua materna, o Guarani, dentro da literatura com o livro ‘Mbojeguaha-grafismo’ que acompanha junto com a música, ritmo e resistência”, afirma Anarandà. Através de sua arte, ela não apenas divulga a rica cultura Guarani Kaiowá, mas também promove a valorização da língua materna e a resistência dos povos indígenas por meio da arte.
Por: Elisa Lorini DRT 2228/MS








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