top of page

Doação de órgãos em Dourados supera registrados em 2024

Somente nos primeiros cinco meses do ano foram realizadas cinco captações de órgãos

A OPO - Organização de Procura de Órgãos e Tecidos é a instituição responsável por identificar, avaliar e captar tecidos
A OPO - Organização de Procura de Órgãos e Tecidos é a instituição responsável por identificar, avaliar e captar tecidos

As estatísticas recentes trazem um alento para Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério da Saúde, até 05 de junho de 2025, o estado registrou 32 transplantes, sendo 7 de rins e 25 de fígados. Contudo, a urgência ainda é grande: 254 pessoas aguardam na lista de espera, com 230 esperando por um rim, 19 por um fígado e 3 por um coração.


Em Dourados, a solidariedade tem se manifestado de forma significativa. Nos primeiros cinco meses deste ano, a cidade já registrou cinco captações de órgãos, um número que supera as quatro captações realizadas em todo o ano de 2024. Essas doações resultaram em 10 rins, que foram encaminhados para São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, e 4 fígados e 10 córneas que permaneceram no estado, dando uma nova chance de vida a diversas pessoas.


Aeronave que levou para Campo Grande os órgãos captados no dia 21 de maio
Aeronave que levou para Campo Grande os órgãos captados no dia 21 de maio

ENTENDA COMO A DOAÇÃO ACONTECE


A OPO - Organização de Procura de Órgãos e Tecidos é a instituição responsável por identificar, avaliar e captar órgãos. Mas como todo esse processo funciona? A coordenadora da OPO de Dourados, Ludelça Dorneles, explica que a doação se torna possível apenas em casos de morte encefálica. Isso significa que o cérebro parou de funcionar de forma irreversível, perdendo todas as suas atividades vitais.


Para a confirmação da morte encefálica, são realizados exames clínicos rigorosos, que atestam a ausência de reflexos cerebrais e de atividade respiratória. Além disso, exames complementares como eletroencefalograma e angiograma cerebral são cruciais. É importante ressaltar que o diagnóstico precisa ser confirmado por dois médicos diferentes, que não tenham qualquer envolvimento com a equipe de transplante, garantindo a imparcialidade e a precisão do diagnóstico.


RECUSAS NA DOAÇÃO: MÉDICA E FAMILIAR


Para que a doação seja efetivada, é necessário que os órgãos do potencial doador apresentem condições favoráveis de saúde. “Essa avaliação é feita pela equipe médica, que analisa se os órgãos estão aptos para o transplante. Essa é a chamada recusa médica, quando as condições clínicas do doador inviabilizam a captação”, destaca  Ludelça Dorneles.


Além da avaliação médica, a autorização familiar é indispensável. Mesmo que o paciente tenha manifestado em vida o desejo de ser doador, a família precisa consentir. A recusa familiar pode ocorrer por diversos motivos, como o desconhecimento da vontade prévia do paciente, a negação do luto, dúvidas sobre o diagnóstico de morte encefálica e, em alguns casos, crenças religiosas ou culturais que impedem a doação.


CONVERSE SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


Diante de todas essas informações, fica clara a importância de dialogar abertamente com seus familiares sobre a doação de órgãos. “É fundamental que conversemos com nossos familiares sobre doação de órgãos e avisemos sobre o desejo de ser doador de órgãos, é um ato que salva vidas”, reforça Ludelça Dorneles. Ao manifestar sua vontade em vida, você facilita o processo para seus entes queridos em um momento tão delicado e, o mais importante, oferece a chance de uma nova vida para quem espera.


Por: Elisa Lorini DRT 2228/MS




 
 
 

Comentários


©2021 Notícias de Dourados. Todos os Direitos Reservados.

R. Toshinobu Katayama, 1020, Sala 4. CEP: 79826-110 | Dourados-MS.

E-mail: noticiasdourados@gmail.com e WhatsApp (67) 99668-6471 

CNPJ: 31.499.464/0001-18

bottom of page