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Dia de Combate ao Fumo: SUS tem tratamento gratuito para quem quer parar de fumar

Hospitais da Rede Ebserh têm serviços específicos de atenção aos usuários com equipe multiprofissional, composta por médicos e psicólogos e uso de medicamentos


Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento contra o tabagismo, a doença crônica causada pela dependência à nicotina, é gratuito. Esse cuidado ao dependente envolve uma equipe multiprofissional, composta por médicos e psicólogos, e uso de medicamentos.


“O tratamento envolve um período de desintoxicação, com redução gradual da exposição à substância. Nessa fase, os sintomas da abstinência surgem e podem ser manejados com auxílio de medicações. É fundamental também que o usuário tenha o suporte psicológico, porque é um período difícil”, afirma a psicóloga do Hospital da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), Tamires Rodrigues.

A estabilidade emocional da pessoa em tratamento é comprometida. Daí, a importância da psicoterapia na reorganização de aspectos psicológicos. “A psicoterapia também colabora para uma melhor consciência de gatilhos, riscos de recaída, e fortalecem o sujeito para enfrentar situações potenciais de uso”, pontua a especialista.


O tabagismo é mais prevalente em homens e é a segunda droga mais utilizada no Brasil – atrás do álcool. O fumo tem baixo custo, fácil acesso, está vinculado a interações sociais e é de fácil circulação em sociedade. “O tabaco contém diversos compostos maléficos ao organismo, e a principal causadora de dependência é a nicotina, uma substância psicoativa que gera alterações cerebrais e, consequentemente, alterações emocionais e comportamentais”, explica a psicóloga do HU-UFSCar.


A especialista comenta que o uso do tabaco provoca uma sensação de prazer em virtude da ação da droga no sistema nervoso central. “O fumo causa o desejo incontrolável do uso, então, o usuário administra a substância diversas vezes em busca da recompensa do prazer produzida por meio da liberação de dopamina em nível cerebral”, ressalta Tamires Rodrigues.


O uso do fumo promove uma série de prejuízos globais ao funcionamento e execução de atividades da vida diária em virtude das alterações cognitivas e comportamentais causadas pela droga. “A síndrome da abstinência é uma grande responsável pela dificuldade do usuário em cessar o uso e se caracteriza pela ocorrência de sintomas como irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, insônia e humor deprimido”, completa Rodrigues.


Segundo a OMS, não existe um nível seguro de consumo de tabaco e todas as formas de uso são prejudicais, incluindo o cigarro eletrônico e o narguilé, por exemplo. A entidade incentiva os países a promoverem um alto controle do tabagismo com campanhas de conscientização, de monitoramento, de proteção às pessoas da fumaça, de ajuda para quem quer parar, de proibição de publicidade e patrocínio e de medidas para aumentar os impostos sobre o tabaco. O Brasil é um dos poucos países a atingir esse nível de controle e combate ao fumo, sendo um modelo nesse campo.


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Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.


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