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Sindicato Rural manifesta solidariedade a produtores e espera respostas do STF




O Sindicato Rural de Dourados tem manifestado solidariedade aos produtores e a sociedade civil em geral nos movimentos pacíficos e ordeiros que pedem uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) frente ao relatório das Forças Armadas que auditou o sistema eletrônico das urnas.

O documento, entregue no último dia 09 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. O relatório, apesar de não apontar diretamente para fraudes, indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos, como risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas.


Em Dourados, o presidente do Sindicato Rural, Ângelo Cesar Ajala Ximenes, defende que cabe aos poderes constituídos darem a plena e célere resposta aos clamores das ruas, assegurando que o real resultado das urnas seja apurado e respeitado, garantindo, ao final, a plena eficácia da democracia. “Transparência, é isso que buscam milhares de brasileiros que estão indo às ruas protestar. Se há dúvidas no processo é preciso esclarecer até para dar legitimidade ao resultado das urnas”, ressalta.


Ximenes acredita que o quanto antes ocorrer esses esclarecimentos, mais rápido será o retorno à normalidade. “O agro alimenta esse País, essa força hoje está ameaçada com a instabilidade gerada pós resultado das eleições. Espero, sinceramente, que as autoridades possam ouvir o clamor deste setor, tão importante para a economia, a começar por eleições transparentes no Brasil”, acrescenta.


Entenda o caso


No último dia 09, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.


O documento apontou que:

- Houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;

- Os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

- Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.


Segundo o Ministério da Defesa, “em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento”.


Texto: Valéria Araújo

Foto: Divulgação

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