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Qual o impacto das redes sociais na saúde mental?

As redes sociais se tornaram parte integral de nossas vidas, no entanto, a depender de como é utilizada, toda essa conectividade pode impactar nossa saúde mental de maneiras significativas. Como psicóloga, vou abordar alguns dos principais efeitos que as redes sociais podem causar.


1. Padrões ideais e inalcançáveis (Comparação social)


As redes sociais são uma versão editada da realidade. Normalmente, as pessoas tendem a compartilhar apenas os momentos mais marcantes e positivos, o que pode criar a falsa impressão de que todos estão vivendo vidas perfeitas. Fotos de corpos esculpidos, viagens de luxo, relacionamentos felizes e sucessos profissionais podem aumentar a sensação de desvalor pessoal. Isso leva à autocobrança excessiva e pode resultar em ansiedade, desmotivação e autodepreciação.


2. Fenômenos de dependência


O uso excessivo de redes sociais pode alterar o funcionamento do cérebro, especialmente no que diz respeito aos neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar. A busca constante por validação através de curtidas e comentários dispara a produção de dopamina, uma molécula associada ao prazer. Esse ciclo de

recompensas rápidas e fáceis pode criar uma dependência, tornando outras

atividades menos satisfatórias e motivadoras.


3. Medo de perder algo (FOMO)


O medo de perder algo, conhecido como FOMO (Fear Of Missing Out), é um fenômeno que se intensifica com o uso das redes sociais. As pessoas se sentem compelidas a estar sempre conectadas para não perder eventos, tendências ou notícias importantes. Essa necessidade constante de estar atualizado pode gerar ansiedade e estresse, levando a uma desconexão emocional das atividades

cotidianas e dos relacionamentos pessoais.


4. Sobrecarga de informação


As redes sociais são uma fonte constante de notícias e atualizações, muitas vezes negativas ou alarmantes. Essa sobrecarga de informações pode criar uma sensação de caos e descontrole, alimentando preocupações e medos exagerados. Em tempos de crise ou incerteza, como durante uma pandemia ou instabilidade política, essa exposição pode aumentar significativamente os níveis de ansiedade.


5. Interações negativas e Cyberbullying


As interações online nem sempre são positivas. Comentários negativos, críticas e cyberbullying podem causar sérios danos à saúde mental. A ansiedade pode aumentar em resposta a essas experiências negativas, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, que são mais vulneráveis a essas influências.


6. Danos ao sono


A exposição constante às redes sociais, especialmente antes de dormir, pode prejudicar a qualidade do sono. A iluminação das telas inibe a produção de melatonina, o hormônio que regula o sono, dificultando o processo de relaxamento necessário para uma noite de descanso adequada. Além disso, o consumo contínuo de conteúdos estimulantes mantém o cérebro em estado de alerta, aumentando as chances de insônia.


Como gerenciar a ansiedade relacionada às redes sociais?


As redes sociais têm um impacto profundo na ansiedade, influenciando desde a autoimagem até a forma como processamos informações. É crucial ser consciente desses efeitos e buscar um equilíbrio saudável no uso dessas plataformas. O intuito não é evitar completamente as redes sociais, mas adotar estratégias para minimizar seu impacto negativo.


Definir limites de tempo para o uso diário, seguir contas que promovam bem-estar, praticar a autorreflexão sobre como o conteúdo está afetando você e equilibrar o tempo online com atividades no mundo real.


E lembre-se: Se você sentir que a ansiedade está se tornando um problema, não deixe de buscar apoio profissional. Lembre-se, a saúde mental é uma parte fundamental do bem-estar geral.



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