Projeto leva espetáculo circense para escolas indígenas de Dourados
- Notícias de Dourados
- 8 de mai.
- 2 min de leitura
Apresentações da Trupe Japuká acontecem nesta semana nas escolas Lacui Roque Isnard e Araporã, na Reserva Indígena da Aldeia Bororó

Alunos das escolas municipais indígenas Lacui Roque Isnard e Araporã, localizadas na Reserva Indígena da Aldeia Bororó, em Dourados (MS), recebem nesta semana uma programação especial de cultura e arte. A Trupe Japuká leva o espetáculo circense “Em Busca do Japuka” às duas escolas, com apresentações na quarta-feira (7), na escola Lacui, e nesta quinta-feira (8), na escola Araporã, sempre em dois horários: às 10h e às 13h.
As apresentações marcam o encerramento do módulo de Teatro e Circo do Projeto Japuká - palavra que, em guarani, significa “riso para todos” - uma iniciativa que promove ações artísticas e pedagógicas nas duas escolas indígenas entre os meses de março e junho. A trupe é composta pelos palhaços Vareta (Junior de Oliveira), Steven (Wesley Prado), Mixirica (Kelly Renata), Seriguela (Nilce Maciel), Kelly (Kelly Figueiredo) e a Pior Palhaça do Mundo (Ludmila Lopes).
No espetáculo, os palhaços e palhaças embarcam em uma jornada divertida e cheia de trapalhadas atrás de um tesouro misterioso chamado "Japuká". No caminho, descobrem que o verdadeiro valor está nos encontros, na amizade e nas risadas compartilhadas com o público.
Coordenado pela artista Ludmilla Lopes desde 2022, o projeto é realizado pela organização social Palhaços Sem Fronteiras Brasil e conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc - Dourados/MS. Nesta quinta edição, o Japuká também inclui atividades de formação e vivência nas escolas, com oficinas de teatro, circo, acessibilidade, grafismo e agroecologia.

“O espetáculo é uma forma de celebrar tudo o que foi vivido até aqui com os alunos e professores. Queremos que cada criança se sinta parte dessa construção e encontre no riso um caminho possível para o bem-estar, a imaginação e o afeto”, afirma Ludmilla Lopes.
Além do espetáculo, o mês de maio marca o início dos módulos de Agroecologia/Plantio, com a educadora Maria Carol, e Grafismo, com Rossandra Cabreira, fortalecendo os laços com a cultura e o território.
Com ações contínuas desde 2019, o projeto tem o objetivo de fortalecer as comunidades indígenas urbanas por meio da arte, da escuta e da presença sensível. “Mais do que apresentações, buscamos construir espaços de troca, onde a cultura local e a arte caminham juntas na valorização da vida e da identidade de cada criança”, completa Ludmilla.
As escolas atendidas pelo projeto estão localizadas na Aldeia Bororó, que junto com a Aldeia Jaguapiru forma a Reserva Indígena de Dourados, a maior em área urbana do país. Cerca de 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena vivem nesse território, que enfrenta diversos desafios sociais. O Projeto Japuká se propõe a atuar justamente nesse contexto, oferecendo acesso gratuito a experiências artísticas potentes e transformadoras.
Por: Elisa Lorini DRT 2228/MS
Comments