PROAFE e CEPEGRE realizam nesta quinta (21) debate sobre Racismo estrutural, epistêmico e ambiental

Ação ocorre no dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

A Pró-reitoria de Ações Afirmativa e Equidade e Assistência Estudantil (Proafe) com apoio do Centro de Estudos, Pesquisa, Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia (Cepegre) e Redes de Saberes Indígenas, realizará um debate sobre Racismo estrutural, epistêmico e ambiental em formato online nesta quinta-feira (21) às 19h30 (horário de Brasília) pelo canal oficial do Cepegre no Youtube - @cepegreuems.

O objetivo é compreender e discutir as diferentes expressões de racismos que afetam as pessoas negras e produzem falta de oportunidades, violências e desigualdades.

A atividade é em alusão ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial que foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1996, em memória do Massacre de Shaperville que se refere ao um protesto ocorrido durante o regime do Apartheid, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, em que 20.000 pessoas negras eram obrigadas  a portar um cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. No dia no dia 21 de março de 1960, elas faziam um protesto pacífico contra a Lei do Passe e a  a polícia abriu fogo sobre a multidão desarmada, resultando em 69 mortos e 186 feridos

"Em memória às violências e com objetivo de discutir os efeitos do racismo e seus modos de superação e promoção da igualdade racial, será realizada a mesa Racismo, suas múltiplas expressões e os diferentes modos para enfrentá-lo, que tem como propósito articular estratégias de adoção de posicionamentos antirracistas", explica a profa. Dra. Cíntia Diallo, chefe da Divisão de Ações Afirmativas e Equidade da PROAFE/UEMS.

De acordo com ela, a mesa tem como ponto de discussão o tripé racismo estrutural, que é a forma sistemática de discriminação que tem a raça com parâmetro e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes, individuais ou coletivas, gerando desvantagens ou privilégios; o racismo epistêmico que consiste na invalidação da diversidade epistemológica como conhecimento e o racismo ambiental que visa compreender a complexidade da desigualdade socioambiental que afeta as comunidades marginalizadas ou periféricas, compostas por pessoas negras, indígenas e pobres.

O debate será mediado pela profa. Dra. Cíntia Santos Diallo, que além de integrar a PROAFE no cargo já designado, também atua como docente da UEMS e atua como coordenadora do Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Gênero, Raça e Etnia.

O debate será conduzido pela quilombola Deroni Fátima Leite Mendes, coordenadora do Programa de Direitos Socioambientais do Instituto Centro Vida Mulher (ICV-MS) e pelo prof. Dr. Ricardo Matheus Benedicto, do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira/UNILAB.

Haverá à certificação aos inscritos e que confirmarem participação no evento online. As inscrições poderão ser realizadas pelo link: https://www.even3.com.br/proafe/  ou pelo QRCode da arte abaixo. 

Por: Rubens Urue