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Documentário "Do analógico ao digital: Hip Hop em Dourados" será lançado neste sábado

Produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, o documentário traz entrevistas com artistas que transformaram o movimento Hip Hop em um ato de resistência na cidade


Equipe do documentário "Do analógico ao digital: Hip Hop em Dourados" celebra o lançamento após seis meses de filmagens. Foto: Giovana Lhopi

Neste sábado, 10 de agosto, às 20h, será lançado o aguardado documentário “Do analógico ao digital: Hip Hop em Dourados”. Com entrada gratuita, o evento acontecerá na Casa de Cultura da UEMS, localizada na Rua Monte Alegre, 1955, no centro de Dourados.


Idealizado e dirigido por Danilo Capilé, o documentário mergulha na história do Hip Hop em Dourados, uma trajetória que se confunde com a do próprio diretor. Capilé, inserido na cultura Hip Hop desde 1997, traz para a tela suas experiências como b-boy, DJ e instrutor em diversas oficinas culturais. O documentário busca não apenas resgatar memórias, mas também destacar a importância do movimento Hip Hop na cidade ao longo dos anos.


A produção do documentário levou seis meses e envolveu uma equipe dedicada, composta por Jean Ribeiro (filmaker e editor), Luciano Serafim (elaborador do projeto e assessor), Nathálya Escobar (produção executiva) e Giovana Llopi (fotógrafa). Ao longo desse período, foram entrevistadas 13 pessoas, todas com contribuições significativas para a cultura Hip Hop em Dourados e além.


Os entrevistados incluem: Argêncio Custódio (Juninho Som), proprietário de casas noturnas que abriu espaço para eventos de Hip Hop; Naldo Rocha, locutor do programa de rádio "Ritmus na Batida"; Higor Lobo, rapper e um dos criadores do grupo "Fase Terminal"; Sidney Bezerra (Neguinho do RAP), entusiasta e estudante da cultura Hip Hop; Luan Dalmaso, b-boy premiado; Max Dante (Miliano MC), campeão nacional do Duelo Nacional de MCs 2018; Raissa Carvalho (SoulRa), MC e produtora cultural; Heloisa Barbosa, organizadora da Batalha da 50; Nathálya Escobar, artista plástica, muralista e grafiteira; Gi Brandão, grafiteira e pioneira do grafite em Dourados; Kelvin Peixoto, MC do grupo Bro MCs; Danilo Capilé, DJ e B-boy; e Wildenes Santos, b-boy da velha escola.


Danilo Capilé comentou sobre os desafios enfrentados durante a produção, destacando as dificuldades em coordenar as agendas da equipe e dos entrevistados, muitos dos quais não residem mais na cidade. "Algumas entrevistas precisaram ser feitas nos finais de semana, e em alguns casos, tivemos que lidar com imprevistos como a chuva, que nos forçou a adiar filmagens na aldeia", relatou o diretor.


O documentário foi produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Dourados, UEMS, IFMS, Improviso Camisaria e Julio Prodigy. Esta parceria permitiu a realização de um projeto que visa fortalecer a cultura local e ampliar o alcance das vozes dos artistas envolvidos.


Além disso, Capilé fez um agradecimento especial aos grupos que foram fundamentais para a construção da história do Hip Hop em Dourados: Fase Terminal, Mente Letal, Aliados MCs, 7 Selo, Legião da Rima, Almas Breakers, Donos da Rua, Nação Hip Hop, Comunidade Ativa, MDR, Revolução Verbal, entre outros. "São essas pessoas e coletivos que mantêm viva a chama do Hip Hop em nossa cidade, e esse documentário é, em grande parte, um tributo a eles", afirmou.


Após a estreia, o documentário será exibido gratuitamente em algumas escolas de Dourados, em datas a serem agendadas. Além disso, a produção será inscrita em festivais e mostras de cinema em todo o país, e um lançamento virtual está sendo planejado para alcançar um público ainda maior.


As expectativas para o documentário são elevadas, tendo em vista a boa aceitação inicial por parte da comunidade, tanto entre os entusiastas do Hip Hop quanto entre aqueles que têm alguma ligação com o movimento. A página do documentário no Instagram desempenhou um papel crucial na divulgação, com vídeos e fotos gerando um grande engajamento. "Precisamos adaptar o local do lançamento para acomodar a quantidade de pessoas interessadas", afirmou Capilé.


O impacto do documentário promete ir além da simples preservação de memórias. Desde o início, a ideia foi mostrar a força e a relevância do Hip Hop em Dourados, uma cultura que muitas vezes passa despercebida por aqueles que não a conhecem. "Queremos que o documentário revele o poder transformador dessa cultura em nossa cidade, especialmente nas periferias e nas escolas", concluiu o diretor.


SERVIÇO

Lançamento do documentário “Do analógico ao digital: Hip Hop em Dourados”

Data: Sábado, 10 de agosto de 2024

Horário: 20 horas

Local: Casa de Cultura da UEMS, Rua Monte Alegre, 1955, Dourados - MS

Entrada: Gratuita

Instagram: @doanalogicoaodigitaldoc




"Do analógico ao digital: Hip Hop em Dourados" entrevista alguns dos principais nomes do movimento na cidade

Por: Luciano Serafim (DRT-MS 1281)

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