O evento híbrido abordou o tema Conselho de Segurança da ONU diante da invasão da Ucrânia pela Rússia
Pela primeira vez, os acadêmicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) dos Cursos de Direito das Unidades de Dourados, Aquidauana e Jardim, participaram do evento híbrido (presencial e remoto) de abrangência nacional denominado “Simulação Interfaculdades do Conselho de Segurança (ONU): Invasão da Ucrânia pela Rússia”.
O evento teve um cenário real e atual de exercícios de argumentação, negociação, exposições e defesas de normas de Direito Internacional Público, o encontro ocorreu no dia 19 de outubro de 2023, das 18h às 23h.
O encontro acadêmico tradicionalmente congrega alunos, professores de diversos cursos jurídicos do Brasil, além de especialistas e autoridades do cenário nacional e internacional.
O Interfaculdades neste ano completa a sua sexta edição e é organizado pelo Grupo de Pesquisa CNPq – DIGE – Direito Internacional e Globalização Econômica, sob a coordenação geral do Prof. Dr. Antônio Márcio da Cunha Guimarães do Departamento de Direito Internacional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A equipe da UEMS foi coordenada pelos professores Mylena Alencar e Lucio Flavio Sunakozawa, e composta pelos alunos (as) Bruna Letícia Crudi dos Santos (Dourados), Jairo Barrera Cardoso (Aquidauana), Mariana Comparim de Campos Belo (Dourados), Solange Batista da Silva (Dourados), Tâmy de Souza Piazer (Jardim) e Tauany Zanata Martins (Dourados).
As acadêmicas Mariana Comparim e Tâmy Piazer fizeram suas apresentações orais, como representantes da UEMS, com exposição do Documento de Posição Oficial (DPO), como se fossem delegadas de uma das nações integrantes do Conselho de Segurança, perante o Plenário do Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU).
“Nossos alunos foram brilhantes em todas as etapas do evento, como participantes ativos em um evento com elevado nível de debates apresentados, inclusive nas discussões e decisões ao lado de grandes instituições de ensino superior do país”, destaca a Profª. Mylena, responsável pela preparação e suporte científico dos alunos da UEMS que também salienta a importância do evento para futuras produções acadêmicas e intercâmbio.
O professor Sunakozawa, que é membro do Conselho Editorial da Revista de Direito Internacional e Globalização Economica (DIGE-CNPq/PUC-SP), acrescenta a importância dos alunos em buscar o seu protagonismo em cada ação ou projeto ofertado pelo mundo acadêmico. “ Destaco a sempre louvável articulação e trabalhos em equipe com incentivos da relação docentes-discentes, como aqui nesse evento, que envolveu alunos de vários Cursos de Direito e Unidades da UEMS, inclusive, com dois alunos da primeira série, de Aquidauana e Jardim, juntamente com jovens concludentes de Dourados, que prontamente aceitam o desafiador convite dos organizadores do evento”.
CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 17.01.1946, o Conselho de Segurança é um organismo internacional, com fins específicos para manter a paz e segurança entre os cento e noventa e três Estados-membros da ONU e conta com cinco membros permanentes: Estados Unidos, França, Reino Unido, República Popular da China e Rússia que possuem poder de veto, cuja contrariedade de qualquer desses países a uma votação inviabiliza a aprovação de qualquer resolução.
Além do quinteto permanente, a cada dois anos, são eleitos temporariamente mais dez países membros que votam, mas que dependem também da aprovação dos cinco membros permanentes e de quatro membros temporários, para aprovação de uma resolução. Uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas permite até uma intervenção militar em qualquer território dos países membros para garantir a segurança mundial ou ações visando manter a paz ou buscar soluções pacíficas.
Atualmente, fazem parte do conselho rotativo: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. O Brasil assumiu no último dia primeiro de outubro deste ano de 2023, o mandato para presidir por dois anos o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Texto: Lúcio Flávio Sunakozawa | Edição: Liziane Zarpelon
Comments