A 3ª edição do festival se propõe a oportunizar experiências que conectem diferentes gerações e gêneros musicais

Nos dias 19 e 20 de outubro, acontece o Festival de Música Indígena, promovido pelo Casulo, inserido no contexto da Arte Resistência. Essas manifestações culturais, conhecidas como r-existências, são formas de se opor ao avanço das culturas hegemônicas, preservando, desenvolvendo e reinventando modos de existir historicamente marginalizados. O festival visa ser um espaço de inclusão, intercâmbio e fortalecimento da cultura Guarani Kaiowá, reconhecida como patrimônio cultural sul-mato-grossense.
O Festival se propõe a oportunizar experiências que conectem diferentes gerações e gêneros musicais. Crianças, jovens, adultos e anciãos participam, unindo música em línguas indígenas e em português, com instrumentos tradicionais e outros trazidos pelo contato cultural. Além da música, há espaço para outras formas de arte, como produções literárias em línguas indígenas e português, além de performances teatrais, visuais e oficinas.
Inclusão cultural
Um dos principais objetivos do festival é proporcionar um intercâmbio cultural entre artistas e agentes culturais indígenas e não indígenas. O festival busca gerar um reconhecimento mútuo das expressões artísticas e filosóficas de ambos os grupos, promovendo o respeito e a valorização das manifestações culturais dos povos originários.
Outro ponto de destaque é o fortalecimento das pessoas que promovem a cultura e a arte indígena. O festival propõe reconhecer e divulgar o trabalho de mestres e mestras tradicionais, bem como dos jovens talentos, refletindo sobre questões que impactam essas pessoas, seus povos e suas artes. Esse fortalecimento se estende ao apoio de alianças entre indígenas e não indígenas, promovido por meio das atividades de intercâmbio cultural.
“Acreditamos que fortalecer essas vozes é fundamental para a preservação das culturas ancestrais. O festival não é apenas um evento, mas uma forma de resistência e um espaço de troca onde podemos aprender com a sabedoria dos povos indígenas e juntos encontrar novos caminhos de respeito e inclusão”, destacou Julia Aissa, gerente do Casulo.
Programação
As atividades do festival se dividem em dois dias de intensa programação cultural. No dia 19 de outubro, na Casa de Reza Ivu Verá, o evento será marcado por apresentações musicais, atividades culturais e uma roda de poesias. Já no dia 20 de outubro, as atividades continuam no Casulo, com oficinas de criatividade, apresentações musicais e literárias, além de exposições e mostras de vídeos.
Programação do Festival de Música Indígena:
19 de outubro - Casa de Reza Ivu Verá
- 14h: Abertura com Claudiene e Graciela
- 14h15: Terezinha e Ifigeninha Itay (Grupo Okaragwyje Taperendy)
- 14h45: Orendive
- 16h: Anaranda
- 16h30: Emmanuel Marinho – Declamação de poesias
- 17h: Fechamento com Claudiene e grupo da Casa
20 de outubro - Casulo
- 13h30: Abertura com Graciela, Irmã Maria e Júlia
- 13h35: Grupo Teresa Bororó - Grupo Mitã Poty Mboyvy'aha
- 14h: Oficina Festival Contos - Oficina de criatividade e produção literária
- 16h: Grupo Cultivar Aji
- 16h15: Grupo Cultivar Casa de Reza
- 16h30: Entrega de prêmios do Festival Contos - Fala de Irmã Maria e de um dos premiados
- 16h45: Xamiri Surua - Talita Veron
- 17h15: Vídeo Anaranda
- 17h20: Vídeo Dami
- 17h30: Odiados
- 18h: Fechamento com todos
- 13h - 18h: Exposição "Contos e Sementes" de Marlon
- 13h - 18h: Palestra virtual: Os dicionários nos processos de aquisição da escrita de línguas indígenas: contextos, caminhos e novas perspectivas com Jorge Domingues Lopes
SAIBA MAIS
📍Casulo - Espaço de Cultura e Arte. Rua: Reinaldo Bianchi, 398 - Parque Alvorada.
📲 (67) 9 9870-0269
Instagram: @casulodourados
Por: Charles Aparecido DRT 2080/MS
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